Os alimentos funcionais são alimentos ou ingredientes que possuem efeito benéfico no organismo, além dos efeitos nutricionais habituais. Os efeitos que se verificam contribuem para a melhoria do estado de saúde, bem-estar e para redução do risco de doenças. Tais alimentos devem demonstrar as suas propriedades nas quantidades habitualmente ingeridas na dieta e não poderão apresentar-se sob a forma de preparações farmacêuticas (comprimidos, cápsulas, etc.). O seu efeito só se verifica quando combinados com uma alimentação saudável e equilibrada. O conceito de alimentos funcionais foi introduzido pela primeira vez no Japão como referência a alimentos usados na dieta com benefícios fisiológicos na prevenção de doenças. O conceito foi alargado a nível mundial, adotando cada região diferentes critérios de regulamentação
A promoção dos efeitos benéficos de um alimento funcional é feita através de alegações, incluídas em rótulos e publicidade. Na União Europeia o Regulamento CE 1924/2006 estabelece a regulação específica relativa às diferentes tipos de alegações apresentadas. Estas fazem parte de uma lista de alegações autorizadas e pré-aprovadas. Os diferentes tipos de alegações podem ser:
As alegações de saúde devem estar comprovadas por estudos corretos, realizados em humanos. É necessário comprovar a eficácia destes produtos e evitar alegações falsas ou exageradas.
Estruturalmente semelhantes ao colesterol e de origem vegetal. Sitosterol, campesterol, estigmasterol, sitostanol e campestanol.
Reduzem a absorção intestinal de colesterol.
Incorporados em margarinas, óleos, molhos, bebidas lácteas e iogurtes.
Alguns dos polifenóis presentes nos alimentos são a hesperidina, a quercetina, as catequinas, as antocianinas, os taninos, as proantocianidinas, os carotenóides e o estilbeno, presentes naturalmente em frutos e legumes.
Tem atividade antioxidante, sendo úteis em doenças crónicas e prevenção do envelhecimento.
Adicionam-se a diversos produtos lácteos e sumos.
Entre os mais estudados encontram-se os Isoflavonóides, os lignanos e os cumestranos..
Têm uma certa ação estrogénica e antiestrogénica. Associam-se efeitos protetores em certas neoplasias, doenças cardiovasculares e osteoporose
São adicionados a bebidas lácteas, sumos, iogurtes, bolachas, etc.
Ácido oleico, ómega-3 ( ácido alfalinolénico, EPA, DHA e ómega-6 (ácido linoleico).
Promovem uma redução do risco cardiovascular e melhoram o perfil lipídico sanguíneo.
Encontram-se nos óleos vegetais
São microrganismos do género SLactobacillus, Streptococcus e Bifidobacterium que não têm propriedades patogénicas e sobrevivem à passagem pelo tracto gastrointestinal.
São utilizados em problemas intestinais, diarreia, intolerância lactose, etc.
São usados essencialmente em produtos lácteos.
Hidratos de carbono não digeríveis ou absorvíveis que funcionam como alimento para a flora intestinal e probióticos. Ex.: Inulina, frutoligossacáridos (FOS).
Otimizam o efeito da flora intestinal, favorecem o trânsito intestinal, promovem a absorção de cálcio, ajudam a melhorar o metabolismo hepático, etc.
Incorporados em produtos lácteos, sumos, bolachas, etc.
Substâncias de origem vegetal resistentes às enzimas digestivas, mas que podem ser fermentadas pela flora intestinal. Incluem polissacáridos (celulose, hemicelulose, pectina, gomas e mucilagens), oligossacáridos (fructooligosacárisos - FOS, galactoligossacáridos - GOS) e lignina.
Manutenção do funcionamento intestinal, prevenção da obstipação, redução do colesterol e controlo da glicemia, etc.
Incorporado em produtos de pastelaria, pão, produtos lácteos e algumas bebidas.