A meningite é uma inflamação das meninges, membranas que recobrem o encéfalo e a espinal medula. Pode ocorrer em consequência de infecção por qualquer agente patogénico, mas é predominantemente devida a doença invasiva causada por bactérias ou vírus. No seu estado mais avançado pode causar septicémia (infecção ou envenenamento do sangue).
Mesmo com tratamento imediato, 10% das crianças com meningite C têm grande probabilidade de morrer. Aproximadamente uma em cada cinco crianças que sobrevivem à infecção acaba por sofrer de problemas graves, entre outras:
A meningite C é particularmente perigosa, pois as vítimas podem adoecer gravemente, e até morrer, num período de apenas algumas horas após o aparecimento dos primeiros sintomas. Os primeiros sintomas da infecção podem assemelhar-se a simples sintomas de gripe.
A meningite bacteriana quando diagnosticada numa fase inicial e tratada rapidamente pode não originar sequelas para os doentes. Os dois tipos de meningite bacteriana atualmente mais comuns são:
Até há pouco tempo a meningite provocada por Hib (Haemophilus influenzae tipo b) era a mais frequente nas crianças até aos 4 anos. Este tipo de meningite é hoje bastante raro, facto que resulta da introdução no Programa Nacional de Vacinação (PNV) da vacina HibTiter.
A meningite vírica é mais comum do que a bacteriana e embora debilitante é de menor duração e raramente é causa de morte.
A maioria dos casos de infecção meningocócica ocorre como incidente isolado e esporádico. As comunidades fechadas (creches, lares, escolas, etc.) constituem um ambiente propício à transmissão da doença. O número de casos aumenta nos meses de Inverno, quando ocorre um aumento dos casos de doenças transmitidas por gotículas expiradas, como consequência direta da maior incidência de infecções respiratórias.
Cerca de 10% da população em geral e de 25% dos adolescentes, em particular os que vivem em comunidades fechadas são portadores da bactéria. Estes portadores possuem microorganismos meningocócicos no trato respiratório superior sem desenvolvimento da doença. raramente contraem infecção, mas quando isso acontece a doença pode progredir muito rapidamente. A transmissão faz-se por gotículas expiradas ou por contacto direto com secreções respiratórias<dos portadores assintomáticos e dos doentes.
MENINGITE | MENINGITE | SEPTICEMIA |
Bebés | Crianças e adultos | |
Febre com mãos e pés frios; Mal estar, recusa de alimentos; Choro e irritabilidade; Retração do pescoço com costas arqueadas; Sonolência e letargia; Expressão vazia; Pele pálida e manchada. | Mal estar; Febre alta; Cefaleias intensas; Rigidez da nuca; Fotofobia; Sonolência; Falta de energia; Articulações dolorosas; Paroxismos. | Rash- começa com aglomerado de picadas na pele; Múltiplas equimoses juntam-se para formar vastas áreas púrpuras de tecido lesionado descorado; Estado febril; Mãos e pés frios; Respiração ofegante; Letargia. |
O tratamento da meningite bacteriana é realizado por intermédio de antibióticos que devem ser adequados ao tipo de microorganismo. O fator mais importante para o sucesso do tratamento é a prontidão do diagnóstico e o isolamento dos doentes. A meningite vírica não pode ser tratada com antibióticos. A recuperação é normalmente completa podendo persistir sintomas como as cefaleias, a prostação e a depressão.
A administração profilática de antibióticos aos membros da família dos doentes ou a indivíduos com contacto próximo dos doentes com meningite meningocócica e principalmente a vacinação.
A vacina que visa a prevenção das várias infecções pelo hemophilus é, segundo dados do Ministério da Saúde, de indiscutível eficácia. Faz-se habitualmente em 4 doses conjuntamente com a vacina tríplice, aos 2, 4 e 6 meses de idade e um reforço entre os 18 e 24 meses. Neste momento existem também vacinas cujo objetivo é a proteção contra doenças infecciosas provocadas pelo meningococos e pelo pneumococos.