Planeamento Familiar é um conjunto de cuidados de saúde que visa ajudar as mulheres e os homens a planearem o nascimento dos seus filhos e a viverem a sua sexualidade de uma forma gratificante, sem o receio de uma gravidez que naquele momento não desejem.
Para além disto, o Planeamento Familiar ajuda os casais que têm problemas de infertilidade, atua na prevenção das Doenças de Transmissão Sexual (DTS) e ajuda no diagnóstico precoce do cancro da mama e do colo do útero.
O mais conhecido e utilizado é a pílula contraceptiva. A pílula impede a ovulação e, desta forma, uma mulher enquanto toma a pílula, não pode engravidar.
A pílula deve ser receitada por um médico e deve ser tomada sem haver períodos de descanso. Uma mulher que tome a pílula deve ir anualmente a uma consulta médica.
A pílula pode prevenir algumas formas de cancro. No entanto, não evita um possível contágio de Doenças de Transmissão Sexual (DTS.).
Existe, ainda o implante contraceptivo. É um método de contracepção a longo prazo e reversível. É constituído por um pequeno tubo que se insere na pele e que liberta lentamente uma hormona. Esta hormona evita a libertação do óvulo dos ovários e impede que o esperma alcance o útero impedindo desta forma a fecundação.
Surgiu recentemente o adesivo contraceptivo. É um método muito semelhante à tradicional pílula contraceptiva, com a vantagem de prevenir os esquecimentos.
O adesivo contraceptivo é um adesivo impregnado de hormonas semelhantes à da pílula e que são libertadas continuamente através da pele para a corrente sanguínea. Cada adesivo tem efeito durante 7 dias e ao fim da 3ª semana é feito um período de descanso.
Injeções hormonais intramusculares. É um método a longo prazo que requer exames médicos. Pode causar depressão e interromper a menstruação por longos períodos.
Surgiu nos últimos tempos um anel vaginal hormonal. Este é um anel flexível transparente com um diâmetro de 54mm e espessura de 4mm. O anel está impregnado de duas hormonas que são libertadas em baixas dosagens para a corrente sanguínea.
Conhecido muitas vezes por "aparelho" o DIU é um pequeno dispositivo de plástico revestido com fio de cobre que é inserido no útero evitando uma gravidez.
A inserção do DIU é feita numa consulta médica a este método funciona durante vários anos.
É um método contraceptivo muito eficaz mas não previne o contágio de DTS.
É um método que consiste numa barreira em látex ou plástico que deve ser colocado pela mulher com certa antecedência. É complicado de aplicar e requer alguma perícia. Requer o uso simultâneo de espermicida.
Não é um método contraceptivo muito eficaz e não protege contra as DTS. Não é muito usado.
Quando há certeza de não pretender ter mais filhos, a mulher pode fazer a laqueação das trompas ou o homem pode fazer vasectomia.
A laqueação de trompas é um pequeno corte ou bloqueio das trompas de falópio que impedem que o óvulo seja encontrado pelos espermatozóides.
A vasectomia é um pequeno corte ou bloqueio dos canais deferentes, impedindo assim a saída dos espermatozóides na ejaculação.
Qualquer um dos métodos é definitivo e não interfere coma vida sexual dos homens e das mulheres.
Não protege das DTS.
Os preservativos podem ser comprados sem receita médica nas farmácias, supermercados, discotecas, etc. podendo também ser fornecidos pelos centros de saúde.
Evitam a gravidez ao impedirem que os espermatozóides entrem em contacto com o óvulo.
Quando corretamente utilizados, os preservativos são métodos contraceptivos muito eficazes e evitam o contágio das DST como a SIDA, a Hepatite B e outras.
O preservativo feminino, pela sua dificuldade em colocar, desconforto causado e por ser menos seguro que o masculino não teve muita aceitação.
São geleias, cones ou supositórios que se introduzem na vagina antes de uma relação sexual e que neutralizam os espermatozóides.
Dão muito pouca proteção em relação às DTS.
São métodos em que se calcula o período fértil de uma mulher, evitando ter relações sexuais nesses dias.
São métodos pouco seguros uma vez que o nosso corpo não funciona exatamente como uma máquina ou relógio. Implicam uma observação longa e atenta (durante 6 a 12 meses) dos ciclos menstruais, para que se conheça o padrão menstrual.
As doenças e a medicação podem alterar os sinais e levar a uma gravidez indesejada.
Não protegem das DTS
Consiste na retirada voluntária pelo homem do pénis da vagina antes de ejacular. É um método muito pouco fiável, pois poderá haver facilmente saída de esperma antes da ejaculação.
Não protege das DTS
Se teve uma relação sexual não protegida ou se houve falha na contracepção, é possível agir nas primeira 72 horas (3 dias) a seguir a esse acontecimento, tomando a "pílula do dia seguinte".
É um recurso de emergência que não deve ser uma forma regular de contracepção.
Não protege das DTS.
Onde existem consultas de planeamento familiar?