A próstata é uma glândula que faz parte do sistema genital masculino que contribuí com a sua atividade para a composição do sémen. A proximidade com o sistema urinário leva a que qualquer alteração morfológica da próstata se repercuta na uretra e na bexiga.
O crescimento da próstata e a produção de fluídos prostáticos são controlados pela testosterona que é produzida nos testículos. Na próstata a testosterona é convertida, por ação da enzima 5-alfa-redutase em DHT (Dihidrotestosterona) que é a responsável, entre outras funções, pela Hiperplasia benigna da próstata. A dimensão normal da próstata é de 3 a 4 cm de diâmetro.
A função principal da próstata é de facilitador da fecundação. Na sua atividade é produzida uma substância, o PSA (Antigénio específico da próstata), cuja função é facilitar a entrada do espermatozóide no óvulo. Alguma quantidade de PSA entra na circulação sanguínea, permitindo que este parâmetro seja medido em análises clínicas.
Os valores sanguíneos de PSA (ng/ml) variam em função da raça e idade:
Idade | Negróide | Caucasiana | Oriental |
40-49 | <2,0 | <2,5 | <2,0 |
50-59 | <4,0 | <3,5 | <3,0 |
60-69 | <4,5 | <4,5 | <4,0 |
70-79 | <5,5 | <6,5 | <5,0 |
Estes valores são de referência, embora o PSA possa ser alterado por outros fatores como: Biopsia prostática, massagem prostática, atividade sexual, exercício físico, etc.
A próstata cresce por razões que o conhecimento médico ainda não consegue explicar na sua totalidade. O aumento da próstata raramente acontece antes dos 50 anos, mas depois dos 70 a maioria dos homens tem a próstata aumentada. A possibilidade deste crescimento provocar sintomas depende da forma como ele se processa. No entanto, este aumento pode comprimir a bexiga provocando sintomas urinários obstrutivos. A obstrução que se vai instalando devido ao aumento da próstata provoca na bexiga alterações que podem produzir outro tipo de sintomas relacionados com o armazenamento da urina, designados por irritativos.
Em fases mais avançadas a bexiga pode já não conseguir fazer um esvaziamento completo e verifica-se uma retenção parcial da urina, uma situação que pode agravar-se e originar uma retenção completa, obrigando à colocação de um cateter ou algália.
O aparecimento de sintomas obstrutivos ou irritativos pode ser um indício de que a próstata está aumentada, pelo que é o momento de avaliar a situação junto do seu médico.
Uma identificação precoce deste problema poderá permitir iniciar um tratamento médico, que melhore os sintomas e que impeça que a próstata continue a aumentar, enquanto que numa fase mais avançada a única solução poderá ser a cirurgia.
O cancro da próstata alastra preferencialmente para os gânglios linfáticos e depois para os ossos e pulmões, provocando danos que causam sofrimento e, por vezes, a morte. Inicialmente, enquanto está localizado, o cancro da próstata é silencioso, lento e sem sintomas,
O carcinoma da próstata pode ser assintomático no início, pois a próstata pode não estar aumentada. A hiperplasia benigna da próstata é uma situação independente do cancro que podem existir ou não em simultâneo.
A suspeita de cancro é obtida através da subida do PSA, uma análise ao sangue que doseia uma substancia libertada pela próstata para a corrente sanguínea, mas deve ser confirmada através do toque retal. A elevação do PSA (antigénio específico da próstata) não se verifica exclusivamente nas situações de cancro, mas constitui o principal indicador em que nos fundamentamos para recorrer à biopsia prostática.
Uma inflamação da próstata causada, na maioria das vezes, por uma bactéria. Pode acompanhar-se de uma cistite ou uretrite. Caracteriza-se por originar dores e grande desconforto no baixo-ventre, por vezes na zona entre o escroto e o ânus, ardor à micção e micções muito frequentes. Em situações de prostatite aguda, surge febre alta e mal-estar geral que poderão justificar internamento. As situações crónicas, por sua vez; surgem com grande desconforto mas sem febre, e necessitam de tratamentosprolongados.
Promovem uma melhoria nos sintomas urinários, mas não alteram o volume prostático.
Efeitos secundários: Hipotensão postural, fadiga, astenia, tonturas, síncope, cefaleias, rinite, congestão
nasal, náuseas e ejaculação anómala.
Promovem uma redução no volume da próstata e nos valores de PSA. A DHA é reduzida enquanto que os
valores de testosterona mantém-se inalterados.
A sintomatologia urinária só melhora ao fim de alguns meses de
tratamento.
Efeitos secundários: Poderá ocorrer diminuição da líbido e no volume ejaculado, impotência.