A disfunção erétil, vulgarmente conhecida por impotência sexual, é definida como a incapacidade para obter ou manter uma ereção suficiente de modo a permitir uma atividade sexual satisfatória.
As perturbações da ereção podem ocorrer durante um certo período de tempo, devido por exemplo, a uma preocupação ou a excesso de trabalho. Resolvem-se, normalmente, com um bom descanso ou com a solução do problema, seja familiar ou profissional.
Outras vezes, a diminuição da potência vai-se tornando mais frequente e persistente, dificultando as relações sexuais satisfatórias.
Frequentemente a disfunção erétil ocorre associada a outras formas de disfunção sexual incluindo distúrbios a nível do desejo sexual (líbido), da ejaculação precoce ou retardada, e do orgasmo, os quais são muitas vezes confundidos e erroneamente diagnosticados como falha erétil.
A disfunção erétil é frequentemente classificada em:
A disfunção erétil (DE) pode atingir 10% dos homens. Calcula-se que em Portugal, cerca de 500.000 indivíduos possam sofrer de problemas de ereção.
A ereção é uma função marcante para todos os homens e a sua perda abala física, emocional e socialmente a sua auto-estima, tornando-o cada vez mais inseguro, não só na cama como também fora dela, perturbando as suas relações com a família, com os amigos e no emprego.
Hoje, os avanços da medicina permitem tratar com êxito os indivíduos que sofrem de diminuição ou perda de rigidez peniana.
A ereção é um fenómeno complexo que resulta da sucessão de acontecimentos que permitem a passagem do estado de flacidez à rigidez completa do pénis. Tem um mecanismo neurovascular "psicogénico" e "reflexogénico".
O mecanismo psicogénico resulta de estímulos sexuais (visuais, olfativos, tácteis) que atuam ao nível do cérebro originando impulsos nervosos e a libertação de hormonas e de mediadores que contribuem para o aumento do fluxo de sangue ao nível do pénis.
O mecanismo reflexogénico resulta da estimulação direta do pénis e pode originar igualmente uma ereção.
Estímulo | Sistema Cognitivo | |
audiovisual, | ||
táctil e/ou sensorial |
Sistema Límbico | |
Mesencéfalo | ||
Estimulação do Pénis |
Medula Espinal Centros de ereção |
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Nervos simpáticos e parassimpáticos | ||
Mecanismo Vascular | ||
Ereção |
Ambos os mecanismos são geralmente necessários para atingir e manter uma ereção.
Este é constituído por dois corpos cavernosos e por um corpo esponjoso, no meio do qual está a uretra por onde sai a urina e o esperma. Os corpos cavernosos são constituídos essencialmente por tecido muscular que se enchem de sangue, aumentando o comprimento e o volume do pénis, que se torna totalmente rígido quando existe uma ereção completa. Normalmente, o pénis esta flácido e mole porque está vazio devido a haver pouca quantidade de sangue no seu interior. Quando o homem é estimulado por uma visão, um pensamento, uma leitura, um contacto físico, o cérebro envia mensagens e põe em funcionamento um mecanismo que vai originar uma vasodilatação das artérias, que se alargam e aumentam a chegada de sangue ao pénis, havendo ao mesmo tempo o bloqueio da sua saída. O pénis enche-se, fica rígido ereto.
O oxido nítrico (ON), libertado pelos neurónios não adrenérgicos não colinérgicos(NANC) ativa a guanilciclase (Gc) que aumenta a quantidade de monofosfato de guanosina cíclico (GMPc) no músculo liso dos corpos cavernosos. Os níveis aumentados de GMPc estão envolvidos no relaxamento do músculo liso que, leva a ereção peniana. O GMP e convertido em monofosfato de guanosina (GMP) pela ação da fosfodiesterase tipo 5 (PDE5), finalizando a ereção.
Uma ereção resulta da atividade de uma serie de fatores psíquicos e físicos que atuam ao nível do cérebro, dos vasos sanguíneos e do sistema nervoso. Qualquer alteração que afete um dos componentes, pode causar uma perturbação da ereção.
Durante muito tempo pensou-se que os problemas psicológicos estavam na origem de cerca de 90% dos casos de disfunção erétil permanente.
O desenvolvimento dos meios de diagnóstico e a descoberta de novos medicamentos que atuam ao nível do pénis, vieram alterar esta ideia. Atualmente sabe-se que, em mais de metade dos casos, existe um problema físico ou uma alteração orgânica, que se pode agravar psicologicamente. Nos doentes jovens é menos frequente o fator etimológico físico, predominam sobretudo fatores psicogénicos e traumáticos. Nos mais velhos está muitas vezes associado a fármacos, diabetes ou aterosclerose.
A disfunção erétil de origem física pode ser devida a várias doenças, consequência de uma intervenção cirúrgica ou de um acidente.
Normalmente, um homem com uma disfunção erétil de origem psicológica, mantém ereções matinais antes de urinar, ao contrario daquele que sofre de um problema físico.
Doenças Físicas | Doenças Psicológicas |
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O médico necessita de conhecer a história médica e sexual de cada indivíduo que se apresenta a queixar-se de uma alteração sexual. Tem que se saber se o problema é de origem psicológica ou física, conhecer a identidade sexual do doente quanto aos seus desejos e relações com a sua companheira. Por vezes, é importante incluí-la na abordagem do problema.
De acordo com a história clínica e o exame físico, o médico pode propor um tratamento ou a realização de vários exames para completar a avaliação inicial. Estes, podem consistir na realização de análises gerais ou testes específicos, para conhecer o estado da circulação e o sistema nervoso. Por vezes há necessidade de realizar radiografias para completar o diagnóstico. Normalmente, é recomendável uma avaliação psicológica feita por um profissional habilitado nesta área.
Em primeiro lugar é importante saber que, atualmente, existe sempre um tratamento que pode ajudar todos os que sofrem de disfunção erétil. Desde os casos menos graves aos mais complexos, existem alternativas terapêuticas que devem ser discutidas entre o médico e o doente, de acordo com a causa existente e com as perspectivas do indivíduo e do casal. Cada opção de tratamento tem vantagens, desvantagens ou efeitos secundários e, ser administrada segundo as indicações precisas para cada situação clínica. Desde fármacos por via oral, ao uso de drogas vasoativas no pénis, à utilização de dispositivos mecânicos, a terapias psicossexuais, à cirurgia para melhoria da circulação ou para implantação de uma prótese, existem atualmente diferentes alternativas que são esperança para todos os doentes com este problema de saúde.
As alterações sexuais são frequentes e devem ser encaradas com frontalidade, para evitar conflitosa nível familiar, social e profissional.
Em primeiro lugar, devem ser assumidas e discutidas com franqueza entre o casal.
Uma diminuição da potência sexual pode provocar uma perda da confiança e o receio de falhar, pode contribuir para evitar ter relações com a companheira.
É o início de problemas de relacionamento pela dúvida da perda de interesse ou da existência de outra mulher. Há necessidade de um diálogo franco e aberto entre o casal e a procura de apoio médico. Deve-se compartilhar com a companheira as preocupações de forma a que se possa encontrar a melhor solução, que passa muitas vezes por uma melhor comunicação e por um maior carinho, que reduza a carga emocional existente.
A companheira vive também a perturbação que a afeta e, decerto, estará disposta a contribuir para uma melhoria da atividade sexual que possa normalizar a frequência das relações sexuais, com a obtenção de prazer de ambos.
Muitas vezes a necessidade de apoio psicológico obriga a terapêuticas sexuais que devem envolver os dois elementos do casal, no sentido de ajudar nos casos de desejo sexual diminuído, de ejaculação precoce, de perturbações da ereção de origem não orgânica e alterações do orgasmo ou de dificuldades de realização do ato sexual.
Estão atualmente disponíveis varias opções de tratamento:
Poderá estar indicada nos doentes em que é clara a causa psicológica ou psiquiátrica e pode muitas vezes ser combinada com terapêutica farmacológica apropriada.
A auto-injeçao intracavernosa de fármacos farmacoterapêuticos vasoativos, como seja o alprostadil, constituiu uma inovação no tratamento da disfunção erétil no inicio da década de 80. No entanto, o tratamento é inconveniente e falta-lhe espontaneidade, sendo a dor, hemorragia local, contusão peniana e hematoma, fibrose e a ereção prolongada (por mais de 4 horas).
A Injeção de alprostadilo intra-uretral é também uma opção mas, menos eficaz e está associado a efeitos secundários, como dor no pénis, hemorragia uretral e certos efeitos sistémicos, incluindo hipotensão. É uma opção de segunda ou terceira linha.
Lápis uretral com alprostadilo.
Creme de alprostadilo,
Os efeitos adversos associados aos dispositivos com constrição de vácuo incluem dor no pénis, entorpecimento, contusão e ejaculação retardada.
Podem ser necessários na falha erétil secundaria a doenças penianas intrínsecas graves, tais como a fibrose corporal resultante de um priapismo de baixo fluxo não tratado ou associado a diabetes mellitus grave. Estão, no entanto, associados a potenciais complicações, como infecções, erosão da prótese e falha mecânica. É um ultimo recurso.
Atualmente, nenhum fármaco oral é apropriado a todos os tipos de doentes. As opções atualmente existentes são:
E um medicamento natural com eficácia clinica limitada, atua sobretudo como fortificante. E muitas vezes associado ao Ginseng que também e um fortificante natural. Deve ser tomado continuamente para obter resultados.
Mecanismo de ação:
O cloridrato de Yohimbina é um antagonista seletivo dos receptores a2-adrenérgicos. Produz uma vasodilatação do corpo cavernoso do pénis, que associada a um aumento temporário da pressão sanguínea, restaura a função erétil no homem.
Posologia:
A dose é de 6mg 3 vezes ao dia ou começar com uma toma diária e aumentar até três vezes por dia.
Efeitos secundários:
Desconforto gástrico
Contra-indicações:
Alergia ao extrato da casca de pinheiro. Problemas de estômago.
Interações:
Não tomar juntamente com outros medicamentos para a disfunção erétil.
Existe no mercado numerosos suplementos que têm como finalidade ajudar nas disfunções sexuais, tanto no homem, como na mulher.
A sua composição é muito complexa e baseia-se em extratos de
plantas benéficas para a saúde sexual.
Algumas das plantas usadas são:
Assim como algumas substâncias energizantes: