A hepatite B é uma infecção viral do fígado que pode manifestar-se de forma ligeira mas que, em casos mais graves, pode tornar-se mortal.
A Hepatite B transmite-se pela entrada do vírus no organismo através de:
Os principais transmissores são os toxicodependentes, os homossexuais e bissexuais com vários parceiros sexuais, bebés contaminados e outros doentes.
Os principais grupos de risco situam-se entre os profissionais de saúde, recém-nascidos de mães portadoras do vírus, indivíduos com familiares infectados, hemofílicos, hemodialisados, toxicodependentes, militares, bombeiros, forças de segurança, indivíduos com vários parceiros sexuais.
Os sintomas surgem ao fim de 45-65 dias após o contágio. Os mais comuns são a febre, enjoo, sede, fadiga, dores de cabeça e das articulações, que irão evoluindo para fraqueza intensa, icterícia, urticária, fezes claras e urinas escuras. O diagnóstico é baseado nos sintomas e confirmado por análises ao sangue.
Não há ainda medicamentos eficazes e específicos para a cura da Hepatite B, mas há cuidados gerais e ter em conta, como por exemplo:
Consultar imediatamente o médico para administração urgente do soro específico contra Hepatite B.
Há suspeita de contágio quando ocorrem situações como:
Em certos casos a hepatite B poderá evoluir para a cronicidade.
A hepatite crónica é um processo inflamatório contínuo do fígado de duração superior a 6 meses. Em 70% dos casos é causada pelo vírus da hepatite B, C e Delta. A maioria (90-95%) das infecções por hepatite B evolui para a cura. No entanto, uma pequena percentagem poderá desenvolver uma hepatite crónica.
Recém nascidos (contaminados no momento do parto pela mãe) e indivíduos imunossuprimidos (doentes de sida, transplantados) têm elevada probabilidade de desenvolver infecção crónica. Em cerca de 20% dos infectados crónicamente a doença evolui para cirrose, normalmente, 5-20 anos após.
O doente deverá ser orientado quanto ao seu potencial infectante, que depende da fase da doença. Os familiares deverão ser vacinados depois de serem feitos testes sorológicos.
O objetivo do tratamento é o de evitar a replicação de vírus (fase em que é potencialmente infectante). Atualmente usa-se o Interferon (IFN), que é o agente naturalmente produzido pelo organismo para combater a doença. Em doentes transplantados ou cirróticos usa-se a Lamivudina 150mg/dia. Estes tratamentos têm muitos efeitos secundários devendo, por isso, ser cuidadosamente seguidas pelo médico.