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Lombalgia |
A lombalgia é uma dor na zona lombar da coluna vertebral. É uma situação muito comum que afeta a qualidade do trabalho e a qualidade de vida. A coluna lombar está sujeita a diversas patologias devido à sua ampla mobilidade e ao facto de suportar muito peso. A lombalgia pode afetar todas as faixas etárias, mas é mais vulgar na idade adulta, levando a faltas ao trabalho, incapacidade para trabalhar e recurso ao serviço de saúde.
A maioria dos casos de lombalgia são inespecíficos, isto é, não têm uma causa direta reconhecida. Apenas alguns casos se devem aos discos intervertebrais.
Fatores de risco
Existem vários fatores de risco associados à lombalgia:
- Trabalhos que requerem esforço físico intenso;
- Pessoas obesas ou com excesso de peso;
- Vida sedentária;
- Prática de atividades físicas intensas;
- Fatores psicológicos: Stresse, depressão ou ansiedade.
Existe também uma ligeira associação ao tabagismo.
Outros fatores são:
- Conduzir, estar de pé ou sentado imóvel por longos períodos;
- Levantar objetos pesados;
- Efetuar esforços intensos subitamente;
- Estar exposto a vibrações;
- Usar calçado inadequado ou
- Dormir numa postura incorreta ou em colchão inapropriado (demasiado mole ou muito duro).
É mais comum em mulheres.
Tratamento
Existem três tipos de lombalgia:
- Aguda - até 6 semanas de duração;
- Subaguda - entre 6 a 12 semanas de duração e
- Crónica - se persistir por mais de 12 semanas.
O objetivo do tratamento da lombalgia aguda são: aliviar a dor, melhorar a mobilidade, reduzir o absentismo laboral e desenvolver estratégias para lidar com o problema. O tratamento precoce reduz o risco de desenvolver lombalgia crónica. O repouso na cama atrasa a recuperação, pelo que é aconselhado manter uma ligeira atividade física.
Para alívio da dor a primeira escolha é o
paracetamol, devido aos menores
efeitos adversos. A dose deve ser respeitada devido ao risco de
toxicidade para o fígado. Os
anti-inflamatórios não esteróides (AINE) são mais eficazes, mas
apresentam efeitos adversos gastrointestinais, renais e
cardiovasculares.
Quando o tratamento com paracetamol e AINE são ineficazes recorre-se
ao uso associado de relaxantes musculares. Outra alternativa é o uso
das benzodiazepinas, sobretudo o diazepam, por curtos períodos para
não causar dependência.
O uso da associação do paracetamol com codeína ou de opióides mais
fortes está reservado para as situações que não se resolvem com as
alternativas anteriores.
Para o tratamento tópico recorre-se ao uso de anti-inflamatórios tópicos, de rubefacientes, como o salicilato de metilo ou a capsícina que provocam irritação local e calor, de essências refrescantes como o mentol ou a cânfora que estimulam as terminações nervosas do frio, ou de vasodilatadores como nicotinato de metilo que produzem sensação localizada de calor.
A aplicação de calor é eficaz no alívio da dor das lesões com mais de 48 horas. Nas lesões mais recentes o calor poderá intensificar mais a dor.
A lombalgia aguda pode converter-se em crónica.
O tratamento da lombalgia crónica é difícil, uma vez que não melhora
com o tempo. Pode ser necessária terapêutica de longa duração ou
episodicamente. Os doentes devem manter a sua atividade o mais
normal possível. O uso dos analgésicos e anti-inflamatórios para
controlar a dor devem ser usados nas doses mais baixas eficazes e
por períodos curtos de tempo acompanhados de exercício físico
moderado.
Apesar de não haver evidência científica, outros métodos são
tentados para o alívio da lombalgia:
- Estimulação nervosa elétrica transcutânea (TENS);
- Tração;
- Acupunctura;
- Massagens;
- Exercícios físicos específicos dirigidos por fisioterapeutas;
- Suporte lombar;
- Yoga.
Prevenção
- Dormir em colchão firme, mas não excessivamente duro, com uma almofada baixa;
- Dormir em posição lateral com os joelhos fletidos;
- Fletir os joelhos ao pegar em pesos;
- Evitar permanecer estático em pé por longos períodos;
- Manter as costas direitas quando sentado;
- Praticar exercício físico;
- Não fumar;
- Não usar saltos altos;
- Manter o peso adequado.
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Página da autoria de Laurentino Moreira (farmacêutico) - Última atualização em 10-fev-2019