A Cocaína é um alcalóide extraído das folhas da Coca (Erythroxylum coca), planta originária da América do Sul.
As folhas eram mascadas pelos povos Índios para mascarar o cansaço e a fome. As folhas mascadas não causam dependência ao contrário da pasta de coca.
O componente ativa das folhas e da pasta de coca é a cocaína. Este é um potente anestésico local cuja ação se deve ao bloqueio do transporte de sódio através das membranas celulares.
A cocaína foi bastante utilizado em medicamentos oculares, para os dentes e para as amígdalas. Era considerado no século XIX um medicamento milagroso que servia para tratar a depressão, a asma, dores de barriga etc. A "coca-cola", que na sua origem era um medicamento, continha cocaína na composição.
Devido aos problemas que acarretava quando era absorvida pelo organismo a cocaína deixou de ser usada em medicamentos.
No entanto, os efeitos fisiológicos e psicotrópicos da cocaína não têm nada a ver com as propriedades anestésicas. Ela interage com os neurotransmissores dopamina e norepinefrina, que estão envolvidos com o prazer e sensação de cansaço. Por isso dá a sensação que se é forte, invulnerável e importante.
Depois de algum tempo de uso aparece a secura na boca, aumento da pulsação, zumbidos nos ouvidos, diarreia, perda de apetite e exaustão.
A substância mais usada é a cocaína sob a forma de sal (cloridrato de cocaína) que pode ser aspirado ou injetados. Mas porque é cara surgiu um novo tipo de cocaína o crack.
O crack resulta de uma reação da cocaína com bicarbonato e aquecido em água. O precipitado obtido pode ser inalado, fumado com tabaco ou em cachimbos improvisados. A droga sob a forma de vapor entra muito mais rapidamente no organismo e tem um efeito mais potente, mas mais curto, levando a consumir outras doses. Pode levar à dependência só com uma dose.
A Cocaína é um estimulante:
A inalação da droga provoca necrose dos tecidos do septo nasal devido à vasoconstrição que provoca.
A cocaína bloqueia os transportadores de dopamina levando a que haja um estímulo constante por este neurotransmissor. O organismo reage diminuindo os receptores. Na ausência de droga não há estímulos e o indivíduo entra em depressão. O indivíduo não espera que o equilíbrio se reponha e vai procurar novamente a droga que lhe alivia a depressão.
A dependência que se forma neste caso é psíquica.
O crack provoca os mesmos danos que a cocaína, porém, devido ao seu poder destruidor de personalidade, age num período mito curto e com maior intensidade. Insónia, agitação, agressividade, perda de autocrítica moral, dificuldade em estabelecer relações afetiva, psicoses, etc.