Implante contraceptivo
O que é o implante contraceptivo?
É um método de contracepção de longa duração. É constituído por um pequeno bastonete que é
inserido no braço sob a pele.
Qual a duração de ação do implante?
O implante contraceptivo existente no mercado é eficaz durante um período de três anos.
Após este período perde lentamente a sua eficácia, pelo que será necessário substituí-lo ou utilizar outro
método.
Como funciona?
Uma hormona que evita a ovulação é libertada lentamente do implante. Esta hormona evita,
também ,que o esperma alcance o útero.
Composição:
Etenogestrel (progestagénio)
Indicações:
Contracepção a longo prazo de mulheres saudáveis entre os 18 e 40 anos.
Vantagens do implante:
- O implante contraceptivo tem uma eficácia comparável, ou mesmo superior, aos contraceptivos orais;
- Problemas gastrointestinais frequentes não interferem com a contracepção uma vez que o medicamento não
passa pelo aparelho digestivo;
- Tem uma eficácia prolongada, sendo por isso mais cómodo;
- Pode ser considerado uma alternativa à esterilização, tendo a vantagem de ser reversível;
- Não necessita de controlo diário;
- Rápido retorno à fertilidade após a remoção.
Efeitos secundários:
- Pode ocorrer acne, cefaleias, aumento do peso e sensibilidade mamária. Raramente poderá ocorrer queda
de cabelo, alterações do humor, alterações da líbido, dores abdominais e períodos menstruais dolorosos.
No local de inserção, logo após a colocação, poderá ocorrer irritação, dor e comichão.
- Verificou-se que em 14% das mulheres a usar implante ocorreu acne. Contudo, em 59% das mulheres que
já tinham acne este melhorou e em 10% piorou.
- Verifica-se também efeitos secundários como cefaleias, náuseas, mastodinia (tensão mamária) e alterações
de humor, mas que não estão diretamente relacionadas com o contraceptivo uma vez que também ocorrem normalmente
em mulheres que não usam contraceptivo.
- O aumento do peso verificado em 6,4% das mulheres é semelhante ao observado com outros métodos não hormonais.
- Verifica-se alterações do ciclo menstrual, podendo-se tornar irregular. Dependendo da mulher, poderá ocorrer
pequenas variações, ou mesmo ficar sem o período, ou até tornar-se mais abundante e prolongado. As menstruações
dolorosas melhoram em 88% das mulheres.
- Não se verificam alterações da coagulação do sangue.
- Raramente são observadas ligeiras subidas de tensão.
Interações:
Alguns antibióticos, anti-epiléticos e anticonvulsivantes são indutores enzimáticos, pelo que
podem reduzir o efeito contraceptivo. No caso da toma de algum antibiótico deverá obter-se informações com o médico
ou farmacêutico quanto à necessidade de durante esse período usar um método contraceptivo suplementar (preservativo).
O médico deverá ser sempre informado do uso do implante quando tiver de prescrever outros medicamentos.
Como é inserido o implante?
- O implante contraceptivo só deverá ser inserido ou removido apenas por profissionais de saúde com conhecimentos
no procedimento.
- Antes de ser colocado é feito, tal como com outros contraceptivos, um exame médico para confirmar se esta
contracepção hormonal é adequada.
- O implante é inserido nos primeiros 5 dias do ciclo menstrual que correspondem ao período.
- No caso de uso de pílula é preferível inserir logo no primeiro dia do intervalo.
- Após o parto, e se não estiver a amamentar, o implante poderá ser inserido no intervalo de 21 e 28 dias.
- O bastonete é aplicado na face interna do antebraço esquerdo ou direito, dependendo se é destra ou canhota.
- A aplicação é feita com anestesia local com um aplicador esterilizado.
- Depois de inserido é colocada uma ligadura de compressão para evitar equimose.
- O local deverá ser mantido limpo e seco por 24 horas e depois retirada a ligadura.
- A aplicação do implante é rápida e não dói devido à anestesia. Depois poderá ficar dorida e aparecer
uma equimose (nódoa negra).
- Pouco depois se ser inserido na pele forma-se uma camada de tecido em volta que o mantém no local.
Quando remover?
No final de 3 anos deverá ser removido.
Se, entretanto, houver a decisão engravidar ou simplesmente não querer continuar com este
método poderá remover-se o implante. Depois de retirado, e após o primeiro mês, a ovulação voltará normalmente
na maioria dos casos.
Como se efetua a remoção?
- A remoção é feita com anestesia local. Faz-se uma pequena incisão e retira-se com uma pinça.
- Após a remoção é colocada uma compressa para minimizar o risco de equimose.
Risco de Cancro?
Os contraceptivos hormonais, principalmente as pílulas combinadas, que contêm estrogénios
e progestagénios, aumentam o risco de cancro da mama. Após a interrupção da toma da pílula o risco diminuí.
No caso de pílulas ou dispositivos contendo apenas progestagénios os riscos são menores.