É uma das substâncias presentes no tabaco responsável pela habituação.
Está indicado no alívio dos sintomas de privação de nicotina, em pessoas dependentes da nicotina, como auxiliar para deixar de fumar.
Para aumentar as probabilidades de deixar de fumar, deve-se deixar de fumar completamente assim que começar a tomar Nicotina e durante
todo o período de tratamento.
A nicotina está disponível em várias dosagens: de 2 a 4mg em pastilhas elásticas e comprimidos de chupar e em dispositivos
transdérmicos na dose de 7 a 21mg/24h.
A dose apropriada depende dos hábitos tabágicos prévios. A dose adequada para as formas orais é determinada pela seguinte tabela:
Dependência baixa a moderada | Dependência moderada a alta | Forte dependência Sintomas de privação fortes |
Menos de 20 cigarros/dia | Entre 20 e 30 cigarros/dia | Mais de 30 cigarros/dia |
2mg | 2 ou 4mg | 4mg |
Mastigar ou chupar de forma pausada durante 30 minutos por forma a obter uma libertação gradual de nicotina. Não engolir. Deve-se tomar sempre que houver necessidade de fumar. Geralmente, de 1 em 1 hora ou de 2 em 2 horas. Normalmente, são suficientes 8 a 12 por dia.
A duração do tratamento é individualizada. Normalmente, a terapêutica deve continuar pelo menos durante 3 meses. Após três meses, deve reduzir gradualmente a quantidade de nicotina consumida diariamente até 1 goma ou pastilha/dia. Não se recomenda a utilização de nicotina durante períodos superiores a 6 meses. No entanto, alguns ex-fumadores podem necessitar de fazer o tratamento por um período mais prolongado para evitar recaídas.
A dose deve ser reduzida se houver sintomas de sobredosagem: náuseas (enjoos), dor abdominal, diarreia, salivação excessiva, sudação, dores de cabeça, tonturas, problemas de audição ou fraqueza generalizada (falta de energia).
A dose deve ser aumentada se houver sintomas de privação: grande vontade de fumar, irritabilidade, problemas de sono, agitação ou impaciência ou dificuldades de concentração.
Pode causar irritação local das membranas mucosas.
Soluços, problemas gástricos, tais como náuseas, flatulência, vómitos, pirose (azia), aumento da
salivação, irritação da boca e garganta e dor no músculo do maxilar resultante da mastigação intensa.
No caso dos adesivos transdérmicos deve-se seguir a tabela:
20 ou mais cigarros/dia Pontuação de 5 ou superior no Teste de Fagerström |
menos de 20 cigarros/dia Pontuação inferior a 5 no Teste de Fagerström |
|
Fase inicial 3 a 4 semanas | 21mg/24h | 14mg/24h ou 21mg/24h* |
Seguimento 3 a 4 semanas | 14mg/24h ou 21mg/24h* | 7mg/24h ou 14mg/24h* |
Desmame 3 a 4 semanas | 7mg/24h ou 14mg/24h* seguido de 7mg/24h | Descontinuação ou 7mg/24h* |
*Dependendo dos sintomas de privação
O Patch deve ser aplicado numa zona da pele seca sem lesões (cortes, arranhões ou equimoses) e pouco pilosa: ombro, anca, parte superior do braço, etc. Deve-se evitar as zonas móveis do corpo, como as articulações sujeitas a fricção do vestuário.
O tratamento padrão compreende 3 fases:
Fase inicial: | Ajuda a deixar de fumar |
Fase intermédia: | Consolida o deixar de fumar e inicia a redução da nicotina |
Desmame | Finaliza tratamento |
A dose deve ser reduzida se houver sintomas de sobredosagem: náuseas (enjoos), dor abdominal, diarreia, salivação excessiva, sudação, dores de cabeça, tonturas, problemas de audição ou fraqueza generalizada (falta de energia).
A dose deve ser aumentada se houver sintomas de privação: grande vontade de fumar, irritabilidade, problemas de sono, agitação ou impaciência ou dificuldades de concentração.
O tratamento dura, em média, 3 meses. Pode, contudo, durar até 6 meses em função da resposta individual.
Localmente poderá aparecer vermelhidão e prurido (comichão) no local de aplicação, edema (inchaço) e sensação de queimadura. Estes efeitos são normalmente causados pela aplicação no mesmo local todos os dias. É importante mudar de local de aplicação todos os dias para diminuir a irritação naturalmente e diminuir a sensação de desconforto.
Nos primeiros dias de tratamento poderão surgir sintomas como: tonturas, dores de cabeça e perturbações do sono. Estes podem ser sintomas de privação relacionados com o deixar de fumar e podem ser causados pela administração insuficiente de nicotina.
Doença cardíaca, acidente vascular cerebral, pressão arterial elevada (hipertensão não controlada), problemas de circulação, diabetes, hipertiroidismo, feocromocitoma, doença hepática e/ou renal, esofagite, inflamação da boca ou garganta, gastrite ou úlcera péptica, intolerância à frutose (pastilhas e comprimidos).
A nicotina, mesmo em pequenas quantidades, é prejudicial para as crianças, podendo provocar sintomas graves de intoxicação e até mesmo morte. É portanto essencial manter sempre fora do alcance das crianças.
Se não é fumador. Se tiver alergia (hipersensibilidade) à nicotina ou a qualquer outro componente do medicamento.
Durante a gravidez é muito importante deixar de fumar, uma vez que o tabagismo pode causar perturbações no crescimento do bebé. Pode também conduzir ao nascimento prematuro ou mesmo a nados mortos. Idealmente, deverá tentar deixar de fumar sem recurso a medicamentos. No entanto, caso não se consiga deixar de fumar, pode recorrer-se à nicotina para deixar de fumar, pois o risco da sua utilização para o desenvolvimento do bebé é menor do que o risco esperado de continuar a fumar. Isto deve ser feito com acompanhamento médico.
Durante o aleitamento, também não se deve fumar, pois a nicotina é excretada no leito materno em quantidades que podem afetar a criança. A terapia com produtos de substituição da nicotina, bem como o deixar de fumar, devem ser evitados durante a lactação. Sempre que não seja conseguido, são preferidas as formas orais em detrimento dos sistemas transdérmicos.
Não existe informação disponível sobre a existência de interações entre nicotina e outros medicamentos. No entanto, o deixar de fumar e/ou a administração de nicotina podem influenciar o efeito de outros fármacos, impedindo de obter os benefícios de um ou de ambos os tratamentos. Por exemplo, alguns medicamentos usados no tratamento da asma, diabetes, esquizofrenia, doença de Parkinson, pressão sanguínea elevada, úlcera gástrica, dores fortes e angina podem necessitar de um ajustamento da dose. O médico ou outro profissional de saúde deve ser informado da toma de quaisquer outros medicamentos, incluindo os de venda livre.
Medicamento usado para ajudar a parar de fumar e reduzir o desejo de nicotina em fumadores dispostos a parar de fumar. O objetivo do tratamento é a cessação permanente da utilização de produtos que contêm nicotina.
A Citisiniciclina permite uma redução gradual da dependência de nicotina, aliviando os sintomas de abstinência.
A duração do tratamento é de 25 dias. O medicamento deve ser tomado de acordo com o seguinte esquema:
Dias de tratamento | Dosagem recomendada | Dose diária máxima |
Do 1.º ao 3.º dia | 1 comprimido a cada 2 horas | 6 comprimidos |
Do 4.º ao 12.º dia | 1 comprimido a cada 2,5 horas | 5 comprimidos |
Do 13.º ao 16.º dia | 1 comprimido a cada 3 horas | 4 comprimidos |
Do 17.º ao 20.º dia | 1 comprimido a cada 5 horas | 3 comprimidos |
Do 21.º ao 25.º dia | 1-2 comprimidos ao dia | Até 2 comprimidos |
O consumo de tabaco deve ser interrompido o mais tardar no 5.º dia de tratamento. O consumo de tabaco não deve ser continuado durante o tratamento, pois pode agravar as reações adversas. Em caso de falha do tratamento, o tratamento deve ser descontinuado e pode ser retomado após 2 a 3 meses.
Os mais frequentes são alteração no apetite
(principalmente aumento), aumento de peso, tonturas, irritabilidade, alterações de humor,
ansiedade, aumento da pressão arterial (hipertensão), boca seca, diarreia, erupção cutânea,
fadiga, distúrbios do sono (insónia, sonolência, letargia, sonhos anormais, pesadelos), dores
de cabeça, aumento da frequência cardíaca, náusea, alterações de sabor, azia, obstipação,
vómitos, dor abdominal (especialmente no abdómen superior), dor muscular.
Menos frequentemente dificuldade de concentração,
frequência cardíaca lenta, distensão abdominal, ardor na língua, mal-estar.
Muito raramente poderá ocasionar sensação de peso na cabeça,
diminuição da libido, lacrimejo, dispneia, aumento de expetoração, salivação excessiva,
sudorese, diminuição da elasticidade da pele, cansaço, aumento dos níveis da transaminase
sérica.
Como não existem estudos
suficientes, não é recomendado o uso em doentes com
insuficiência hepática e renal. Assim como nas pessoas com
mais de 65 anos. Não é recomendado para uso em menores de 18 anos de idade.
Deve ser tomado apenas por pessoas com uma intenção forte de eliminar a nicotina.
O doente deve estar ciente de que a administração simultânea do medicamento e o consumo
ou a utilização de produtos que contêm nicotina podem agravar os efeitos colaterais da nicotina.
Deve ser tomado com precaução em caso doença cardíaca isquémica, insuficiência
cardíaca, hipertensão, feocromocitoma, aterosclerose e outras doenças vasculares periféricas,
úlcera gástrica e duodenal, doença do refluxo gastroesofágico, hipertiroidismo, diabetes e esquizofrenia.
Se tiver hipersensibilidade à substância ativa, angina instável, histórico recente de enfarte do miocárdio, arritmia clinicamente significativa, histórico de AVC recente, na gravidez e amamentação.