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SAÚDE e MEDICAMENTOS - COVID-19

Vírus

Infeção por Coronavírus

Breve história da evolução da doença

COVID-19 é o nome oficial, atribuído pela Organização Mundial da Saúde, à doença provocada por um novo coronavírus (SARS-COV-2), que pode causar infeção respiratória grave como a pneumonia. O nome, COVID-19, resulta das palavras “corona”, “rus” e “doença” com indicação do ano em que surgiu (2019).

O novo Coronavírus, foi identificado a 7 de janeiro de 2020, na China depois de no final de 2019 se ter verificado alguns casos de pneumonia entre frequentadores de um mercado de animais vivos na cidade de Wuhan. A forma como apareceram os primeiros casos leva a pressupor que a origem seja o contacto com animais, mas a sua propagação é pessoa-a-pessoa. A propagação da doença está a ser mais rápida do que uma situação ocorrida em 2002, conhecida por "Pneumonia atípica" ou Síndrome Respiratório Agudo e do que no Síndrome Respiratório do Oriente Médio (MERS). No entanto, o vírus COVID-19 é diferente que causa a Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS). Estão relacionados entre si geneticamente, mas são diferentes. A SARS é mais mortal, mas muito menos infecciosa que a COVID-19.

O Coronavírus causa uma infeção semelhante a uma gripe e em alguns casos pneumonia.

Transmissão

Estudos até o momento sugerem que o vírus Covid-19 é transmitido principalmente pelo contato com gotículas respiratórias, e não pelo ar:

  • gotículas respiratórias;
  • contacto direto com secreções infetadas;
  • aerossóis em alguns procedimentos terapêuticos que os produzem (por exemplo as nebulizações).

A transmissão de pessoa para pessoa poderá ocorrer pela proximidade a uma pessoa com COVID-19 através de:

  • gotículas respiratórias – espalham-se quando a pessoa infetada tosse, espirros ou fala, podendo serem inaladas ou pousarem na boca, nariz ou olhos das pessoas que estão próximas;
  • contacto das mãos com uma superfície ou objeto infetado com o SARS-CoV-2 e se em seguida existir contacto com a boca, nariz ou olhos pode provocar infeção.

Não há evidência de que os animais domésticos, tais como cães e gatos, tenham sido infetados e que, consequentemente, possam transmitir a COVID-19.

Sintomas

Febre, cansaço, tosse seca e falta de ar. Alguns doentes podem sentir dores, congestão nasal, garganta inflamada ou diarreia.
Nem todas as pessoas infectadas apresentam sintomas. A maioria das pessoas (cerca de 80%) recupera da doença sem precisar de tratamento especial. Cerca de 1 em cada 6 pessoas infectadas pelo Covid-19 fica gravemente doente e desenvolve dificuldade em respirar.

Complicações

Pneumonia e bronquite, sobretudo em doentes idosos ou com outras doenças crónicas, com o sistema imunitário comprometido. Cerca de 2% dos infectados podem morrer.

Evolução

O Centro de Prevenção e Controlo das Doenças (CDC) considera que o tempo de incubação do vírus pode durar entre 2 a 14 dias.

Prevenção

Não existe vacina, pelo que a prevenção passa por evitar a exposição a este vírus.

Os viajantes que chegam de Wuhan, província de Hubei, China, há menos de 14 dias, e que apresentem sinais e sintomas de infeção respiratória aguda, com febre, tosse e dispneia e nenhuma outra causa que explique a sintomatologia devem:

  • Ligar para o centro de contato SNS24 (808 24 24 24), antes de recorrer a serviços de saúde, e referir sempre o histórico de viagens, e/ou contato com animais e/ou pessoas doentes, seguindo as orientações que lhes forem dadas;
  • Evitar o contacto com outras pessoas;
  • Lavar frequentemente as mãos com água e sabão;
  • Usar máscara cirúrgica e proteger ao tossir ou espirrar;
  • Usar lenços descartáveis em cada utilização.

Atualmente a Direção Geral de Saúde (DGS) não recomenda o uso de máscara de proteção em pessos sem sintomas.

Os viajantes que forem para uma área afetada devem:

  • Seguir as recomendações das autoridades de saúde do país;
  • Evitar o contato próximo com doentes com infeções respiratórias agudas;
  • Lavar as mãos frequentemente com água e sabão ou com uma solução de base alcoólica, especialmente após contacto com uma pessoa infetada ou partilha do seu espaço;
  • Evitar o contato com animais;
  • Evitar o consumo de produtos de origem animal, crus ou mal cozinhados.

Tratamento

Não existe tratamento específico até à data. O tratamento é apenas sintomático. Os antivirais existentes não são adequados ao tratamento de infecções por Coronavírus.

O tratamento contra a Covid-19 recomendado é muito parecido com o feito em outras infecções respiratórias causadas por vírus, como a gripe. O médico pode prescrever medicamentos para alívio dos sintomas, como analgésicos/antipiréticos para alívio das dores e da febre. Estes medicamentos só atuam nos sintomas e não na causa da doença. Além disso, é importante repouso e mais ingestão de líquidos para evitar desidratação.

Quando os sintomas são ligeiros, em 80% dos casos, a recomendação é ficar em casa, em isolamento durante 14 dias. Aqueles com suspeita ou com exame ao covid-19 confirmado, assim como as pessoas do agregado familiar, mesmo sem sintomas, devem realizar uma quarentena preventiva.

A pneumonia é uma complicação frequente na infecção por coronavírus, neste casos é necessário a complementação do tratamento com antibióticos específicos. Apesar de estes não exercerem qualquer efeito no vírus.

Mas nos casos mais graves há que recorrer a hospitalização e ao uso de terapêuticas mais fortes.

Apesar dos avanços feitos na investigação de tratamentos contra a Covid-19, ainda não existe um oficial. O conhecimento do vírus está a evoluir lentamente. Algumas das terapias incluem medicamentos completamente novos, enquanto que outras dependem de produtos médicos, já existentes, e eficazes para doenças diferentes. Os medicamentos antivirais, os anticorpos e as terapias de reforço imunitário administrados pelos médicos ou em misturas de vários medicamentos demoram tempo a estabelecer protocolos de intervenção.

Um dos medicamentos utilizado é um esteroide, a dexametasona. Como a Covid-19 desencadeia uma resposta imunitária excessiva, a dexametasona é eficaz na redução desta resposta em 33% dos casos de doentes que requerem oxigénio e ventilação assistida. No entanto, nas pessoas com sintomas mais ligeiros, a administração de dexametasona pode piorar a situação. O uso de corticoides preventivo e a automedicação são contraindicados e podem até agravar um episódio inicial de infecção por Sars-CoV-2.

Em junho foi noticiado um ensaio clínico feito com hidroxicloroquina, um medicamento antimalárico. Mas estudos posteriores sugerem que este medicamento não oferece quaisquer benefícios clínicos no tratamento da Covid-19 e apresenta efeitos secundários graves.

O uso de plasma de doentes recuperados está a ser desenvolvido em vários países. Tendo sido aprovado em alguns países como tratamento contra a doença. O plasma dos doentes recuperados contém defesas contra o coronavírus que podem ajudar os doentes graves, que ainda não têm defesas, a combater a doença.

O tocilizumab é um anticorpo normalmente usado para tratar a artrite reumatoide e é administrado por injeção para bloquear uma proteína que desempenha um papel importante no processo inflamatório. É um tratamento, ainda em estudo, usado para quadros clínicos severos e que tem demonstrado alguma eficácia na redução da mortalidade.

Vários antivíricos foram testados, como o lopinavir e ritonavir, usados contra o HIV, não tendo demonstrado qualquer eficácia. Já o remdesivir parece diminuir o tempo de internação em quadros moderados ou graves. No entanto ainda não foi aprovado para o tratamento desta doença.

Várias outras drogas foram testadas, como os antiparasitários ivermectina e nitazoxanida. No entanto só exibiram algum grau de eficiência em células no laboratório.

O uso de medicamentos como o remdesivir e dexametasona é muito útil no tratamento da Covid-19, mas é também muito importante as práticas médicas de ventilação assistida. Este procedimento tem salvo muitos pacientes, apesar de não estar isento de riscos, como a pressão da ventilação causar danos nos pulmões e o desconforto do processo. Quanto ao uso de suplementos com vitaminas C, D e zinco não existe qualquer benefício comprovado contra a Covid-19, excepto quando há carências vitamínicas.

Última actualização: 07-02-2021

Fontes:

Norma DGS de janeiro de 2020

World Health Organization

Evolução da doença

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